quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balindo em Paris, IV

Terceiro dia em Paris, dia 28 de dezembro de 2010! Começamos as caminhadas turísticas pela cidade. E também as muitas viagens de metrô.

Começamos pela Paris medieval, que fica na Ile de la Cité, uma ilha no centro da cidade onde está a Catedral de Notre-Dame de Paris, a Conciergerie, o Palais de Justice de Paris, a Sainte-Chapelle...

Começamos visitando a Catedral de Notre-Dame, é muito interessante e tal, mas não sei se eu estava de mau humor naquela hora, com sono, ou o que, mas visitar catedrais não me agrada muito. No entanto, analisando as fotos depois vi umas excelentes dos vitrais. Dentro dos tesouros da Catedral (uma visita de 3 euros pra ver 3 salas pequenas, cujo valor não é abatido pelo Musée Pass) tinha a evolução do estilo gótico das catedrais francesas, o que já me é mais interessante.



Depois de tudo, acho que o que a catedral tinha de mais interessante estava do lado de fora, mas infelizmente não passamos pela volta dela, e não deu pra subir na torre aquela hora. No entanto, foi lá dentro que eu percebi como acho interessantes esculturas e maquetes.



Mas a catedral reservava surpresas mais interessantes. Na frente da praça, em uma entrada meio escondida (mais escondida que as entradas de metrô) ficava a cripta arqueológica da cidade, com escavações do tempo romano encontradas abaixo da catedral. Lá dentro haviam mapas, maquetes e muitos textos contando a história de Paris, do tempo em que a tribo gaulesa dos Parisii se estabeleceram lá (e não eram só 2 ilhas nessa parte do Sena), os romanos, a idade média, até hoje. Bastante interessante. Nota das ruínas: acho que não tinha gente fofinha na antiguidade, as passagens de porta eram minúsculas! Viva a normatização!

Ali dentro eu descobri que a praça da frente da catedral era cercada por 3 igrejas, e não só a famosa catedral. Claro, não tinha percebido que a Sainte-Chapelle fica ali na frente também... E também era um quadradinho pequeniníssimo até o Haussmann destruir uma quadra inteira pra liberar espaço.

Procurando a menor fila, entramos na Conciergerie depois. Primeiro, uma exposição sobre a história do cinema retratando Paris, o que era fato, o que era ficção, alguns figurinos, maqueetes, modelos, técnicas de projeção e até uma tela azul.



A segunda parte da Conciergerie já mostrava as celas da prisão, tendo inclusive a lista de todos os guilhotinados na revolução francesa. Fato notável: existiam 3 tipos de cela, a de pobre, a de rico, e a de podre de rico ou famoso. Essa tinha até mesinha pra escrever, que luxo!

Saindo da Conciergerie já era tarde, e dizem que os restaurantes fecham às 13h30 sem choro, então catamos o primeiro restaurante que apareceu. O nome tinha algo a ver com luz do sol. Só que não tinha nada a ver com o astro-rei, ou o rei-astro, e sim com as lampadas de calor que eles tinham penduradas no teto! Senti-me fritando em tramanda-beach naquele calorão. Atravessamos a ponte e fomos num restaurante italiano. Tinha déficit de garçons e a comida poderia estar mais capirchada, mas eu gostei bastante e fiquei o dia inteiro arrotando funghi (que sexy!). A fanta laranja daqui é melhor que a do Brasil e tem um colorido menos artificial. E agora eu não lembro onde já tinha bebido. De qualquer forma, Orangina é melhor que Fanta.

Com todo o peso de comer 2 pratos de comida (essa gente que não aguenta um pratinho de talharim...) rumamos ao Musée d'Orsay.

A FILA ERA GIGANTESCA! Fazia mais voltas que a cobrinha do mais experiente jogador de Snake! Felizmente o passe do museu nos levou pra uma fila que só devia ter umas 50 pessoas na frente. E as filas aqui andam rápido, que bom!

O Musée d'Orsay se localiza numa estação de trem/hotel que foram desativados, visto que a estação tinha ficado muito pequena pra demanda. Eu garanto que é grande, e não deu tempo de ver tudo.

Foi meu primeiro contato com um volume colossal de obras de arte, e é bem impressionante. Seguindo reto entre as estátuas da ala principal, tem um corte da Opera, que eu fiquei curioso por visitar depois de ver. Daí andano por tudo se encontram muitas obras famosas, principalmente de quadros, além da decoração da época do hotel. A primeira vez que eu comecei a ver (ouvir) mais brasileiros que gente de olho puxado foi no d'Orsay. Desde aí foi uma teta!

Estava eu na frente dessa belíssima e enorme obra muito detalhada de bois arando a terra. E o boi da frente estava babando. Então ouço um comentário "OLHA QUE PERFEITO, ATÉ BABINHA TEM!" Ri muito. A grande decepção foi a falta do fuscão preto, que está temporariamente no Louvre, e que não deu pra encontrar por lá quando fui também! No lugar tinha uma miniatura e uma explicação em francês.

Com o d'Orsay fechando, todo mundo podre caindo no chão, fizemos um pit-stop no hotel e rumamos ao Arc de Triomphe de l'Étoile. Quem toma a direção errada tem que dar uma volta tendendo a 360° atravessando o anel em volta do arco pra achar a entrada, só pra lembrar. A entrada fica na Avenue de La Grande Armée, que fica no lado oposto à Avenue des Champs-Elisées Só me assustei nas vezes em que entrei com o pessoal fardado e armado rondando os túneis, mas tudo bem, ainda não tenho cara de terrorista, apesar da barba. E é o arce de l'Étoile porque fica no centro de uma estrela de 12 braços...


Exibir mapa ampliado

A subida ao terraço exige certo vigor, são uns 200 degraus, não lembro ao certo, mas tinha gente aproveitando pra descansar nos patamares. Lá em cima a vista é bem interessante porque o arco fica no cruzamento de 8 ruas.

Agora não sei qual foi o dia em que comemos nesse lugar aqui http://bit.ly/hMjIe3 mas fomos muito bem atendidos e eu aprendi que podia usar bonsoirée. Até então só conhecia bonsoir.

E depois disso apaguei na cama :D

Paris, 30 de dezembro de 2010.
20:30 GMT +01:00
17:30 GMT -03:00 (horário de verão)

PS: As poucas fotos são da camera que não estava comigo, embora nesse dia eu tenha tirado poucas fotos mesmo. quando eu voltar publico outras fotos interessantes. Acredito que na outra tenham fotos do d'Orsay e do Arc de Triomphe.

2 comentários:

  1. Pera lá... tem uma entrada do Arc pela Champs. Eu não dei uma volta imensa até chegar na La Grande Armée. Isso eu lembro pq um velhinho ficou um tempao falando comigo(em frances e eu n entendendo nada) e quando eu perguntei (no meu melhor portugues) como eu chegava lá, ele claramente me apontou a entrada subterranea pela Champs. Incrivel!

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