sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO!

Bom, como eu sou um procrastinador nato, não poderia deixar de aproveitar o tempo em que poderia estar dormindo para brincar um pouco com algo que eu descobri faz meia hora.

Então, antes dos que os votos de muita festa, bebida e putaria pra todo mundo, só posso desejar o que está escrito abaixo:





Au revoir!

Fonte: Roke1984

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balindo em Paris, V

Quarto dia em Paris, nesse dia o bicho pegou! A pena é que as fotos desse dia vão ficar pra volta a Forno Feliz, mas o relato tá valendo.

Esse foi o dia de visitar o Musée du Louvre, já que terça-feira ele não abre. Inclusive, imaginamos que o Musée d'Orsay estava lotado na terça porque o mundo não pôde ir ao Louvre. Então a proposta era acordar 7h, tomar aquele banhão frio (meu chuveiro está com problemas, hoje eu consegui deixar a água quente - digo, pelando porco de quente!), o café da manhã caprichadíssimo com os croissants que vão fazer falta e correr pro metrô rumo ao Louvre!

8h30, meia hora antes de abrir o museu (e a pontualidade é rigorosa, só pra rivalizar com os britânicos) já estávamos na fila. É legal que a passagem até a entrada via metrô é feita toda embaixo da terra, então só vemos a ponta da piramide invertida na entrada. A outra nós vemos na saída.

O que nos disseram sobre o Louvre?
Não dá tempo de ver tudo, e para ver a Monalisa é só seguir as pessoas.

O que vimos no Louvre?
Não dá tempo de ver tudo, e pra ver a Monalisa é só seguir a turba!

O Louvre é enorme, e lotado de obras de arte de tudo quanto é tempo. Por mim, eu ficaria um ou dois dias passeando tranquilamente pelo museu, observando com atenção. É tão impressionante que só as salas, sem as obras, com todas as decorações da época de palácio, já valeriam a entrada. É embasbacante, pra dizer o mínimo.

Tem obras lá que eu não faço ideia de como conseguiram levar pra lá. Enormes, gigantes, antigas pra dedéu e muito bonitas e interessantes.

Além disso, quem não presta atenção pode dar voltas em círculo, ficar hipnotizado com a grandiosidade das salas, se perder nos labirintos ou simplesmente ficar sentado num banquinho cansado de tanto caminhar. E pior, sem um mapa é capaz de não encontrar algumas obras procuradas.

Só foi uma pena que, como eu tinha que seguir o ritmo alheio, onde o importante era ver as obras mais famosas e passar batido pelo resto, até porque o tempo não permite ver tudo mesmo, acabei ficando menos tempo do que eu queria. Mas é uam overdose de arte.

Muito curioso foi ver, assim como já havia visto em menor quantidade no d'Orsay, as francesinhas sentadas na frente dos quadros desenhando. Uma cena muito fofa!

Por sinal, já disse como as europeias são pequenas? Até não me sinto baixinho andando por aqui :P

Bom, de mais do Louvre só vendo mesmo, nem sei o que comentar, só sei que é um dos lugares que eu pretendo visitar de novo, algum dia, e dessa vez usando o tempo que eu quiser.

ao contrário do maravilhoso passeio, o almoço no Louvre já não foi muito agradável. Como não fui eu quem pediu a comida, acabei recebendo uma salada surpresa de almoço, com uma massa carbonara que deixou a desejar. Porque surpresa? Posso dizer que "comi uns bicho estranho com um tal de gergelim". Umas coisinhas pequenas com tentáculos, me senti num hentai. Não era ruim, mas era meio borrachudo. Para comer, o conselho era não olhar. Era melhor do que a aparência, mas mesmo assim não era bom. Depois dessa, estou tomando coragem para comer escargots.

Na saída do Louvre o cansaço estava batendo, mas deu tempo de tirar fotos na parte de cima da pirâmide, caminhar até o Arc de triomphe du Carrousel, tirar mais fotos, caminhar até os jardins do Palais du Louvre e rumar ao próximo museu, Musée de l'Armée.

O Musée de l'Armée fica na quadra dos Invalides, que historicamente foi criado como um asilo para os soldados que foram invalidados nas guerras. Se encontram ali também um hospital que funciona atualmente só para emergências (se eu não me engano, posso estar confundindo os hospitais) uma capela que não visitamos e os restos mortais de herois militares franceses junto com o maior de todos: Napoleão!

A entrada do museu conta com muitos canhões antigos. Segundo nosso guia, quem mandou colocar lá foi Napoleão, na época dos Luíses eles não estavam lá.

De novo, foi uma pena ter passado correndo por mais um museu, mas mesmo a passagem corrida já foi muito boa. Durante toda a passagem pelo Musée de l'Armée são encontrados canhões expostos, e a medida que os anos vão se passando eles ficam mais ricos em detalhes. Teve até um cuja decoração eram pessoas se abraçando. Poderia dizer que é a perfeita representação do amor destrutivo. Assim como os canhões com detalhes cristãos poderiam representar a Cólera de Deus.

Na primeira sala, visitando a exposição do século XVII, que abrange os reinados de Henrique IV, Luis XIII e o Rei-Sol, Luis XIV, a primeira peça exposta é uma armadura completa de cavaleiro e cavalo. Muito bonita mesmo. Incrivel ver as armaduras finamente detalhadas, onde não ficava um centímetro vazio, como os palácios da época.

Daí passamos para salas repletas de armas e armaduras, como aquele exército de terracota, só que sem o exercito e com armaduras de metal no lugar das armaduras de terracota. Tá, foi péssima a comparação, mas tem armadura pra caralho!

A medida que as épocas vão avançando os uniformes vão mudando, as armas de fogo começam a ficar mais ricas em detalhes, até que acaba essa seção do museu e começa a das guerras mundiais.

Com muitos textos explicativos, material de propaganda de época, muitos uniformes, armas, réplicas de canhões, aviões, bombas e, pelo que eu vi, um navio, posso dizer que foi bem interessante essa visita.

Por sinal, não falei ainda então aproveito para falar agora. Além do Napoleão, são considerados heróis franceses os líderes na primeira e segunda guerra mundiais, e eu destaco aqui Charles de Gaulle, Winston Churchill e Franklin Roosevelt, mas tem outros altos postos do exército francês, como o Marechal Foch, que eu cruzei várias vezes a rua já.

Com o pessoal já capengando da maratona do dia, fomos finalmente à tumba dos militares franceses. É uma majestosa obra que tem ao centro a tumba de Napoleão. Foi-me dito que ela foi colocada no nivel inferior, com uma abertura acima para se avistar, de forma que as pessoas se curvassem a Napoleão. Se isso é verdade, não sei, mas faz sentido. Além de notar as glórias de Napoleão em sua tumba, tem-se também uma cripta com a estátua de Napoleão II, rei de Roma. E então eu lembrei daquele trava-lingua.

Esse é mais um caso em que imagens falam mais que palavras, então depois eu subo as fotos.

Foi engraçado errar o caminho de saída do Hôtel des Invalides quando as pernas não queriam mais responder.

No final do dia, após o merecido descanso, subimos finalmente a Tour Eiffel. Daí duas brasileiras nos disseram que estava um frio do cão, e eu tenho que concordar. Pelo menos não foi hoje, que tinha uma neblina pesadíssima e esfriou bastante em Paris.

Então, olhar toda aquela estrutura metálica da Tour Eiffel me faz pensar 2 coisas:
- a engenharia é linda!
- Construir aquilo deve ter dado um trabalho do cão!

Nesse momento passa um clipe duma francesa na Tv que parece uma cópia da Pamela Anderson. Porque é que elas se estraam desse jeito?

Bom, para finalizar sobre a torre, na lateral dela tem os nomes de vários cientistas famosos escritos, e assim que puder tiro uma foto, já que eu só descobri hoje enquanto corríamos pra pegar o RER (amanhã eu descubro/conto o que é esse trem) pra Versailles.

Paris, 30 de dezembro de 2010.
23:58 GMT +01:00
20:58 GMT -03:00 (horário de verão)

Balindo em Paris, IV

Terceiro dia em Paris, dia 28 de dezembro de 2010! Começamos as caminhadas turísticas pela cidade. E também as muitas viagens de metrô.

Começamos pela Paris medieval, que fica na Ile de la Cité, uma ilha no centro da cidade onde está a Catedral de Notre-Dame de Paris, a Conciergerie, o Palais de Justice de Paris, a Sainte-Chapelle...

Começamos visitando a Catedral de Notre-Dame, é muito interessante e tal, mas não sei se eu estava de mau humor naquela hora, com sono, ou o que, mas visitar catedrais não me agrada muito. No entanto, analisando as fotos depois vi umas excelentes dos vitrais. Dentro dos tesouros da Catedral (uma visita de 3 euros pra ver 3 salas pequenas, cujo valor não é abatido pelo Musée Pass) tinha a evolução do estilo gótico das catedrais francesas, o que já me é mais interessante.



Depois de tudo, acho que o que a catedral tinha de mais interessante estava do lado de fora, mas infelizmente não passamos pela volta dela, e não deu pra subir na torre aquela hora. No entanto, foi lá dentro que eu percebi como acho interessantes esculturas e maquetes.



Mas a catedral reservava surpresas mais interessantes. Na frente da praça, em uma entrada meio escondida (mais escondida que as entradas de metrô) ficava a cripta arqueológica da cidade, com escavações do tempo romano encontradas abaixo da catedral. Lá dentro haviam mapas, maquetes e muitos textos contando a história de Paris, do tempo em que a tribo gaulesa dos Parisii se estabeleceram lá (e não eram só 2 ilhas nessa parte do Sena), os romanos, a idade média, até hoje. Bastante interessante. Nota das ruínas: acho que não tinha gente fofinha na antiguidade, as passagens de porta eram minúsculas! Viva a normatização!

Ali dentro eu descobri que a praça da frente da catedral era cercada por 3 igrejas, e não só a famosa catedral. Claro, não tinha percebido que a Sainte-Chapelle fica ali na frente também... E também era um quadradinho pequeniníssimo até o Haussmann destruir uma quadra inteira pra liberar espaço.

Procurando a menor fila, entramos na Conciergerie depois. Primeiro, uma exposição sobre a história do cinema retratando Paris, o que era fato, o que era ficção, alguns figurinos, maqueetes, modelos, técnicas de projeção e até uma tela azul.



A segunda parte da Conciergerie já mostrava as celas da prisão, tendo inclusive a lista de todos os guilhotinados na revolução francesa. Fato notável: existiam 3 tipos de cela, a de pobre, a de rico, e a de podre de rico ou famoso. Essa tinha até mesinha pra escrever, que luxo!

Saindo da Conciergerie já era tarde, e dizem que os restaurantes fecham às 13h30 sem choro, então catamos o primeiro restaurante que apareceu. O nome tinha algo a ver com luz do sol. Só que não tinha nada a ver com o astro-rei, ou o rei-astro, e sim com as lampadas de calor que eles tinham penduradas no teto! Senti-me fritando em tramanda-beach naquele calorão. Atravessamos a ponte e fomos num restaurante italiano. Tinha déficit de garçons e a comida poderia estar mais capirchada, mas eu gostei bastante e fiquei o dia inteiro arrotando funghi (que sexy!). A fanta laranja daqui é melhor que a do Brasil e tem um colorido menos artificial. E agora eu não lembro onde já tinha bebido. De qualquer forma, Orangina é melhor que Fanta.

Com todo o peso de comer 2 pratos de comida (essa gente que não aguenta um pratinho de talharim...) rumamos ao Musée d'Orsay.

A FILA ERA GIGANTESCA! Fazia mais voltas que a cobrinha do mais experiente jogador de Snake! Felizmente o passe do museu nos levou pra uma fila que só devia ter umas 50 pessoas na frente. E as filas aqui andam rápido, que bom!

O Musée d'Orsay se localiza numa estação de trem/hotel que foram desativados, visto que a estação tinha ficado muito pequena pra demanda. Eu garanto que é grande, e não deu tempo de ver tudo.

Foi meu primeiro contato com um volume colossal de obras de arte, e é bem impressionante. Seguindo reto entre as estátuas da ala principal, tem um corte da Opera, que eu fiquei curioso por visitar depois de ver. Daí andano por tudo se encontram muitas obras famosas, principalmente de quadros, além da decoração da época do hotel. A primeira vez que eu comecei a ver (ouvir) mais brasileiros que gente de olho puxado foi no d'Orsay. Desde aí foi uma teta!

Estava eu na frente dessa belíssima e enorme obra muito detalhada de bois arando a terra. E o boi da frente estava babando. Então ouço um comentário "OLHA QUE PERFEITO, ATÉ BABINHA TEM!" Ri muito. A grande decepção foi a falta do fuscão preto, que está temporariamente no Louvre, e que não deu pra encontrar por lá quando fui também! No lugar tinha uma miniatura e uma explicação em francês.

Com o d'Orsay fechando, todo mundo podre caindo no chão, fizemos um pit-stop no hotel e rumamos ao Arc de Triomphe de l'Étoile. Quem toma a direção errada tem que dar uma volta tendendo a 360° atravessando o anel em volta do arco pra achar a entrada, só pra lembrar. A entrada fica na Avenue de La Grande Armée, que fica no lado oposto à Avenue des Champs-Elisées Só me assustei nas vezes em que entrei com o pessoal fardado e armado rondando os túneis, mas tudo bem, ainda não tenho cara de terrorista, apesar da barba. E é o arce de l'Étoile porque fica no centro de uma estrela de 12 braços...


Exibir mapa ampliado

A subida ao terraço exige certo vigor, são uns 200 degraus, não lembro ao certo, mas tinha gente aproveitando pra descansar nos patamares. Lá em cima a vista é bem interessante porque o arco fica no cruzamento de 8 ruas.

Agora não sei qual foi o dia em que comemos nesse lugar aqui http://bit.ly/hMjIe3 mas fomos muito bem atendidos e eu aprendi que podia usar bonsoirée. Até então só conhecia bonsoir.

E depois disso apaguei na cama :D

Paris, 30 de dezembro de 2010.
20:30 GMT +01:00
17:30 GMT -03:00 (horário de verão)

PS: As poucas fotos são da camera que não estava comigo, embora nesse dia eu tenha tirado poucas fotos mesmo. quando eu voltar publico outras fotos interessantes. Acredito que na outra tenham fotos do d'Orsay e do Arc de Triomphe.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Notas de Paris, I

Notas de Paris, I

- O que mais tem nas ruas é gente do extremo oriente... não vou dizer japas porque podem ser coreanos, chineses, etc...

- Dentro do Musée d'Orsay e do Musée du Louvre, o que mais tinha disparado era brasileiro. Por sinal, hoje na Tour Eiffel também, dá pra conversar horrores!

- A Tour Eiffel poderia ser chamada de Tour Babeiffel, dada a quantidade de idiomas diferentes ouvidos lá dentro. Uma italiana tentou falar comigo em italiano... já que não deu, foi espanhol mesmo. Tinha umas gurias bonitinhas falando algo que eu não consegui decifrar, mas acho que eram do Leste Europeu. Já quando o pessoal começou a falar bobagem em português duas mulheres começaram a rir: "Tá um frio do cão lá em cima! Vocês são gaúchos também né?". Não fale bobagem em Paris, sempre tem um brasileiro do lado.

- Eu estou no Hôtel de Sévigné, que fica aqui http://bit.ly/hAvWSm entre o Arc de Triomphe e a Tour Eiffel.

- O problema das tomadas, pelo que me disseram, foi originado por uma obrigação do governo francês. Viu, não é só o Lulinha que fica fazendo confusão nos plugues, o Sarkozy também apronta, hehe.

- Deu pra ver um pouco de neve, mas já derreteu toda agora!

- Até agora tenho achado os franceses e as francesas muito simpáticos. Além da etiqueta mandar usar o Bonjour e Bonsoir/Bonsoirée sempre, e começar as conversas com Si vous plaît.

- Paris é uma cidade que tem bastante gente, bastantes carros, não tem construções enormes perto dos pontos turísticos e as casinhas são todas bonitinhas, além das vias principais terem um espaço grande, o que torna a cidade menos opressiva. No entanto, a quantidade enorme de monumentos e a arquitetura TODA IGUAL das casas, a meu ver, torna Paris vítima de uma opressão histórica. Está fadada a viver com as glórias e desfortúnios do passado.

- A água é cara, mas os restaurantes sempre servem água junto com os pratos. Quem não quer beber nada diferente pode ter certeza que virá água.

- Antes de voltar, tenho que aprender como é que se porta a mesa na França. Ainda não sei usar os pães.

- Aqui também tem carro velho, e não é pouco (juro que vi um Kadettão preto em algum lugar...) mas o que mais marcam são aqueles carros minúsculos. Vi um estacionando e lembrei do Mr. Bean, parecem muito práticos.

- Os parisienses respeitam a faixa, semáforo e tal, mas param BEM EM CIMA. Os instrutores de auto-escola brasileiros não deixariam os parisienses fazerem as provas. Os fiscais diriam que eles ameaçam os pedestres.

- Nunca usei minissaia e meia-calça, mas vendo as gurias por aqui eu acho que isso esquenta muito!

- Dos primeiros 3 clipes musicais que eu vi na TV, 2 deles tinham caras se pegando. Um clipe de uma dupla de francesas de outro da Katy Perry, mas agora já fixei o estereótipo e foda-se.

- Por sinal, aqui só tenho visto clipes franceses e americanos. Os franceses são bem mais criativos, até os americanizados. Essa história de gente seminua fazendo coreografias enche o saco. Depois do MJ e da Madonna deveriam ter aposentado isso.

- Existem muitas animações francesas, pelo que dá pra se ver de manhã. Inclusive algumas que eu já tinha visto algum dia na minha vida, como Babar e Oggy e as Baratas. Só faltou aparecer o Tintin (que eu vi em uma loja por aqui). Ahm... digo... Tintin é belga, deixa pra lá....

Por enquanto é isso, meu notebook acabou de me dar um choque, já é tarde e amanhã vamos a Versailles de madrugada. Bonsoir!

Paris, 30 de dezembro de 2010, 01:40 (GMT +01:00)

Balindo em Paris, III

Então, eu pretendia colocar um texto por dia online, até para ter meu diário e relembrar da viagem, mas esbarrei num problema ENORME... As tomadas de Paris!


Bom, pro plugue do meu notebook isso não servia de jeito nenhum! Então podemos seriar os problemas:
1) não tinha adaptador no hotel;
2) a loja recomendada pelo guia já tinha vendido todos os adaptadores;
3) com a quantidade de pontos turisticos de paris, foi dificil estar em condições de procurar um adaptador.

Hoje achamos um por 10 FUCKING EUROS, daí já posso escrever de novo :)

Pelo menos a internet é liberada no hotel. IUPI!

***

Bom, o segundo dia em Paris foi dedicado a um passeio turístico, para dar um rolê por todos os pontos, conhecer um pouco da história através do guia e ficarmos num lugar bem longe do hotel.

Fato curioso: o cara que nos buscou no aeroporto e o guia que nos levou nesse passeio se chamavam ambos Luis. E não eram a mesma pessoa.

Fomos desovados na Tour de Montparnasse, e começamos subindo naquela baita torre. Como tem limitação da altura dos prédios (aqui o plano diretor funciona, eu acho...) da torre dá pra ver os pontos turisticos de paris. Quase vi gente caindo no terraço, já que ainda tinha um pouco de neve.



Na saída da Tour Montparnasse estava um frio de rachar, ventinho chato pegando nazoreia e a gente sem saber onde comer. O guia sugeriu um lugar que disse que tinha muita carne (olha só, carne vermelha!) e batatas fritas, então seguimos o cheiro e encontramos a casa do entrecot!

Prato único da casa do Entrecôte: ENTRECOT COM BATATAS FRITAS.
Única opção: mudar o ponto da carne.

O molho da carne era bem bom. Nesse restaurante aprendemos que carne ao ponto, na França, é que nem carne ao ponto pra mim: BOI BERRANDO. Então, os franceses têm bom gosto.

Outro fato digo de nota é que eu estou comendo batatas fritas desde que cheguei. Agora, quando vou a um restaurante, começo a procurar pratos que não tenham "pommes frites" escritas ali. Os franceses adoram batatas fritas. Acho que é por isso que os países de lingua inglesa as chama de French Fries.

Depois estava prevista uma visita à Basílica de Sacré Cœur, mas o ritmo intenso provocou um cansaço muito grande, e todo mundo dormiu até tarde.

No tempo que sobrou compramos o Musée Pass de Paris, que é FORTEMENTE RECOMENDADO pra quem pretender visitar todos os museus, já que além de poupar dinheiro garante filas menores, e demos uma volta na Champs Eliseé. O curioso é que a gente entrou num supermercado, Monoprix, e eu encontrei um chocolate de 99% de cacau. É impossível comer sem acompanhamento, parece um café, mas a embalagem tem um gráfico do desenvolvimento de aromas, além de dicas de degustação, muito interessante pra engenheiros gordos!



O mais estranho é que nesse dia eu dormi lá pelas 21h e acordei às 8h do dia 28... nunca dormi tanto!

Paris, Île de France, França, 30 de dezembro de 2010, 01:10 (+01:00 GMT)


Balindo em Paris, II

Saímos do Rio a bordo de um A330, o que foi o primeiro avião grande em que eu viajo. 12h de viagem é bastante desgastante e eu acho que não consegui dormir muito no avião.

De qualquer forma, como tinha filmes disponíveis, aproveitei pra assistir A Origem e Salt. A Origem é interessante, mas não achei tão complexo quanto dizem. Já Salt me foi uma bela porcaria. Não consegui gostar, embora ficar uma horinha ali vendo a Angelina Jolie seja sempre bom.

Daí pro terceiro filme eu tentei ver Meu Malvado Favorito, mas o sono tava pegando e eu fiquei jogando Sudoku, que nos aviões da TAM o modo Hard é mais fácil que o modo Normal. Não cheguei a conferir o Easy.

Também fiquei conferindo de vez em quando o Mapa, que mostrava a rota e a posição do avião, além de informações como velocidade, altitude, distancia percorrida e distancia faltante, etc... bem legal. E mais, dava pra ver imagens da camera, então deu pra acompanhar a decolagem e o pouso da camera voltada pro solo.

Chegando no aeroporto Charles de Gaule dava pra ver pela camera, e depois pela janela, a neve. Foi minha primeira vista de neve, mas não deu pra tirar fotos.

Gostei bastante da arquitetura do aeroporto, vi que dutos de ar não precisam ser feios, o posicionamento das escadas rolantes era bastante curioso e é tudo um grande circulo.

Para ir ao hotel foi um pouco demorado, o caminho era longo, mas o ponto bom é que o hotel fica muito próximo à torre Eiffel, então já pudemos dar uma passeada por lá.

Passamos, no caminho da torre, por várias lojinhas vendendo coisas de tudo que é lugar do mundo, e acabamos lanchando (às 17h30 GMT 00:00 já era escuro) Kebab e tomando uma Coca-Cola ouvindo a uma versão de não lembro que lingua de "A Bomba".

Eu aguentei tranquilo o friozinho gostoso com uma camiseta e um casaco, acho que estava uns 3°C enquanto tinha sol, mas depois que anoiteceu o frio foi de lascar.

Acabamos jantando num restaurante bem simpatico, que tocou até música brasileira de uma cantora que eu tenho que descobrir quem era.

Beijos do gordo!
Paris, 26 de dezembro de 2010.

PS do dia 29: não lembro que música era no jantar.

Balindo em Paris, I

Balindo em Paris, I

Toda viagem tem seu início, todo destino tem seu caminho, e minha viagem de ano novo não poderia ser diferente.

Através de uma decisão nada democrática, embora muito boa, sigo rumo a Paris neste momento. Então, no início do caminho, só tem um assunto que eu posso comentar. A viagem de ida.

Esse caminho de ida começa com eu saindo de casa a 1h da madrugada pra uma festa Open Bar, e chegando às 4h pra poder acordar às 8h30 (com aquele bafão de trago) arrumar o que afltava ser arrumado e sair. A importância do comentário é que, obviamente, na manhã que sucede ao trago o banho é indispensável.

Então, banho tomado, malas prontas, entramos num taxi todo capenga rumo ao Aeroporto Salgado Filho. Eu não tenho o que reclamar do nosso aeroporto forno alegrense. Bem limpininho e cuidadinho, dá pra usar até o vaso sem medo.

O café-da-manhã foi composto de um pastel de frango no aeroporto e um sanduiche em pão de tamanho de bisnaguinha com um presunto e algo pastoso dentro. Espero que esse algo fosse queijo.

Como sempre, fiquei suando feito um <s>porco</s> #gordo_escroto apesar de, dessa vez, o ar condicionado estar funcionando no avião.

Descemos no aeroporto Tom Jobim pra escala, e o morto de fome aqui exigiu comida. Apesar de acharem um absurdo, miha opinião se tornou ação e fomos pro almoço.

Nota-se que o aeroporto já estava numa temperatura que para as pessoas normais é boa, mas eu continuei suando. Também deve ser notado que a espera no aeroporto pra escala foi de 8 horas...

Portanto, deu tempo de conhecer também sanitários daqui, e não foi tão gostosinho quanto no Salgado Filho. Uma hora saí correndo em busca do vaso sagrado e encontrei 3 portas abertas. Situação: 1 casinha sem assento, uma sem papel e a outra toda mijada. Só havia, portanto, uma opção, desagadável, mas que funcionava.

Não entendo porque tem homens que mijam dentro da casinha. Porra, é tão mais simples, prático e fácil ir no urinol (é esse o nome?). Sem falar que as proteções do aeroporto são suficientes para garantir a privacidade de quem não se garante no caso de aparecer alguém adimirando o taco ou comparando os tacos.

Bom, dormi algumas horas sentado num banco do aeroporto, afinal, tinha que compensar as horas não dormidas da noite. Até me arrependi de ter dormido quando me liguei que a viagem Rio-Paris dura 12 horas.

Depois de um tempo percebemos que não tinhamos ido em um dos terminais do aeroporto (o que não fazem horas de ócio e tédio?). Ressalto aqui que o almoço foi caro e meia boca, mas no terminal que não conheciamos tinha restaurantes melhores. Peguei o prato com mais cebola que achei que já posso sacanear todo mundo dentro do avião.

E por enquanto é isso, amanhã estaremos em paris e eu comentarei da felicidade de não estar suando e fedendo e penando com uma vontade filhadaputa de tomar banho.

Beijos do gordo!
Aeroporto Antônio carlos Jobim, Rio de Janeiro, RJ, 25/12/2010, 20h40 (-03h00 GMT, Horário de Verão)

PS: Não interessa onde eu estiver, a probabilidade é grande de encontrar um conhecido. Porto Alegre é um ovo. O Brasil é um ovo. E até o ano que vem descubro se o mundo não é um ovo também.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O bar

Como é bom morar
Ao lado do bar
Com cerveja se esbaldar
E poder rimar
Sem saber poetar

Exte texto foi concebido na latrina.

Final de semana clássico - Mozart - Eine Kleine Nachtmusik

Uma das mais clássicas do Mozart:



já que ninguém postou nada essa semana, não vão ser todos os finais de semanas clássicos senão vou monopolizar o blog com posts idiotas :p

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um banho de chuva

Um dos eventos mais desagradáveis que se enfrenta ocasionalmente em uma cidade é a chuva. Dias antes da chuva o ar começa a ficar úmido, aumentando a sensação térmica, evitando a evaporação do suor, fazendo-nos nadar sem uma piscina por perto. Na hora da chuva, é um desastre, vento forte que torna inútil o ato de usar um guarda-chuva, o frio intenso (quando não é daquelas chuvas molha-bobo, que só deixam o clima mais abafado). Os carros congestionam as ruas. Há muito barulho e muita poluição. Atravessar certas ruas torna-se impossível porque é normal alagar, afinal, quem é que se preocupa em jogar o lixo no lixo para não tapar as bocas de lobo?

Hoje, entretanto, não é disso que eu quero falar. A chuva de hoje foi bem leve, mas foi melhor que uma molha-bobo. Foi agradável e refrescante. E a melhor parte, tomei um banho de chuva. E essse banho não foi nas ruas, na frente dos edificios, daquele concreto e aço morto, feio por falta de manutenção e limpeza. Foi lá no Parcão. No meio das árvores. Com aquele aroma da folhagem molhada impregnado no ar. Um final de tarde com sol e chuva, gotas caindo do céu alaranjado. Pouca gente caminhando. Um momento legal. De certa forma, o clima todo remete à infância, quando rebeldemente ignoramos aquele conselho de mãe (e todo conselho de mãe é uma ordem) de não irmos pra chuva pra não ficarmos doentes, e vamos à rua nos divertir, com aquela indescritível sensação de liberdade.

Neste final de tarde, tive um dos mais agradáveis passeios desse ano que se encerra. E no ano que vem os desafios serão outros, a s condições diferentes, quem sabe os passeios e chuvas mais interessantes? Já estou me calejando para voltar a varar (ou seria virar?) as noites estudando, mais uma vez. E aproveitar esses momentos tão importantes da vida que por vezes nos passam batidos, diminuidos frente a ansiedades e preocupações muitas vezes desnecessárias ou simplesmente inúteis.

Só para fechar aproveitando bem o dia, um pouco de PF (prato feito, pedro felipe ou pink floyd):


PS: Meu trabalho de diplomação já teve 164 downloads desde que foi colocado no LUME!

PPS: Fui ouvir Red Sparowes agora. Desafio os leitores a encontrar uma música com nome maior que essa: "And by our own hand did every last bird lie silent in their puddles, the air barren of song as the clouds drifted away. For killing their greatest enemy, the locusts noisily thanked us and turned their jaws toward our crops, swallowing our greed whole."

PPPS: Obrigado ao Ni que me avisou que eu havia escrito conCerto no sentido de arrumar coisas no post anterior. Pior que na hora de escrever eu fiquei uns 5 minutos delirando na frente do teclado para tentar lembrar qual era qual, e tentando me manter acordado. :P

Reciclagem Tecnológica

Galera, eu sei que faz horas que não posto nada por aqui, mas agora achei algo importante. Discuti em uma das cadeiras da faculdade a questão do lixo tecnológico, em um trabalho feito em novembro e, por coincidência, recebi hoje de um colega de serviço um folder informando sobre um evento que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre realizará junto com o DMLU e a INOVAPOA neste sábado, 4 de dezembro, na usina do Gasômetro, das 9 às 18 horas: a 1ª Feira de Descarte de Equipamentos de Informática.

Lembrando sempre que seus equipamentos antigos podem acabar contaminando o solo, causando a morte de animais e vegetais, envenenando rios e lagos. Vamos dar um fim adequado às nossas quinquilharias eletrônicas, leva o Pentium 100 que não liga mais, o Pentium III que até a vó acha lento pra jogar paciência, os monitores CRT que tá usando de peso pra papel, a impressora matricial que tá lá na estante, aquela pilha de teclados e mouses estragados que tá lá no armário, etc...

Fica a dica pros nerds de plantão e o folder ta ai embaixo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Breve comentário desatualizado sobre o Rio

Desatualizado porque me baseio em informações de anteontem e mais antigas para escrever isso.

A parte menos importante do comentário é minha opinião sobre a invasão. Por sinal, cabe ressaltar que tudo isso aqui é minha opinião, pois sou egocêntrico pra caralho, uma expressão que não sei se faz sentido.

Essa invasão foi menos pior do que eu pensava. Até onde eu vi, não saíram matando todo mundo, o que é importante. Não sei se é pra manter a opinião publica favorável ou se o pessoal ficou esperto. Por outro lado, invadiram a casa de todo mundo que puderam e ainda deixaram os traficantes fugirem pelo esgoto. Agora pode me dizer como ninguém saber que essa saída era possível, visto que, como obra pública, alguém da prefeitura deveria ter o conhecimento disso?

Outro ponto questionavelmente positivo é que seja mantida a invasão dos morros até se formarem as UPPs lá dentro. Tenho minhas dúvidas quanto a essas unidades, mas até agora se tem falado bem delas, então deixa isso como positivo. Contudo, não é exatamente democrático ter milhões de cariocas em estado de sítio até que isso aconteça.

Depois disso, dizer que a solução é fazer investimentos em saúde, educação, saneamento, etc. é chover no molhado.

A cobertura de guerra é impressionante. Trocentas matérias em jornais, revistas, blogues e o caralho a quatro. E alguams matérias bem escritas inclusives. Números gargantuanos divulgados sobre quantidade de drogas e dinheiro apreendidos nas favelas mostram bem a situação em que se deixou chegar o Rio. Mas isso não resolve. Com esse volume de recursos presentes, ainda acreditam que quem se beneficia de tudo isso está na favela? Não vou dizer que a ação atual não foi importante porque os ataques que estavam ocorrendo deveriam parar de alguma forma. Porém, é apenas uma vitória parcial de uma batalha na geurra contra o tráfico. Muitas águas vão rolar.

Enquanto elogio não ter ocorrido um massacre, fico abismado com a opinião de algumas pessoas. Depois dos preconceitos religiosos manifestados nas eleições e contra os nordestinos depois delas, aparece o preconceito contra o pobre. Não raros por aí dizem que deveria matar todo mundo. Acham que tem que se apertar a favela até sair suco de droguinhas. Têm orgasmos múltiplos toda vez que se mata um bandido. Mas só se for pobre. Tem gente que ainda prega os "direitos humanos pra humanos direitos" mas daí eu pergunto quem é mais direito: o trabalhador que tenta uma vida dura, porém honesta, que não tem condições de sair do dominio do tráfico (praticamente um povo que não saiu da ditadura ainda, em pleno ano de 2010) que quando tiram os traficantes dali entra a policia invadindo a casa ou aquele estudante universitário que fuma uma maconha no fim do dia porque teve uma prova muito dificil? Eu sou a favor da legalização da maconha, mas enquanto for proibida, só financia o tráfico, então é bom conceituar meu exemplo.

Então, entro na pagina do clicrbs hoje e encontro um jogo com a já famosa fuga dos traficantes. http://www.kongregate.com/games/pindorama/fuga-da-vila-cruzeiro/
O "jogo" diz que não tem objetivos, apenas dá uma possibilidade de escolha. No entanto, as únicas coisas que se podem fazer nele são ficar parado ou atirar em todo mundo. Bem chato dos dois sentidos, e tem um contadorzinho ali em cima com foragidos e mortos. Pra mim, a empresa só quis faturar em cima do evento com um "jogo" porquera que deve ter sido teta de fazer. Coloco entre aspas porque não sei a definição de jogo, mas isso me parece apenas procrastinação barata e ineficiente.

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E AGORA, O BREVE COMENTÁRIO.
Das minhas leituras de esquerda e levemente subversivas diárias, comecei a achar a questão dos direitos humanos interessante. Cada dia mais meu entendimento é de que tensões não se apaziguam com mais tensões. A ruptura (que ocorre quando se passa das tensões limites) nunca é um concerto conserto, uma solução. Da mesma forma, não é matando bandido que se resolve a criminalidade e sim matando a corrupção. Mas como temos condições morais de enfrentar essa luta tão dificil (e aparentemente tão distante do cidadão comum) se enchemos o peito de orgulho ao contar vantagem de como burlamos regras para obter algum beneficio, ou nos sentimos meio imbecis quando somos penalizados ao seguir o caminho certo, sem pegar os atalhos da vida?

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PS. Andei lendo comentários de que essa situação do tráfico é culpa do capitalismo, consequencia das leis de mercado, e todo esse trololó aí. Não posso acreditar que o capitalismo seja bom ou ruim, apenas que quem tem o controle dos mecanismos pode ter atitudes boas ou ruins. O que eu acredito é que a falta de regulação e controle é que provoca excessos. Acho que quanto maiores os poderes e responsabilidades que um ente possui, maior a necessidade de haver regras que impeçam abusos desse ser. E isso vale para qualquer coisa da vida, qualquer sistema econômico, político, social, etc. Afinal, usando o exemplo mais clichê do mundo, a energia nuclear ao mesmo tempo em que alimenta usinas no mundo inteiro cria bombas com grande poder de destruição. Ou melhor, ela não cria nada, quem cria são os que a controlam.