sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

PNDH

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100128/not_imp502632,0.php

Dia desses resolvi ler a bobagem que os jornais estavam publicando sobre o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3, e concluí que não tem como alguém com um mínimo de cérebro não ficar enojado com os comentários feitos.

Alguém deveria explicar que a união soviética já se acabou, e ninguém vai implantar o comunismo no Brasil. Alguém deveria explicar que, se o que temos no poder é a esquerda, ela é esquerda moderada. Bom, o próprio Sérgio Guerra, presidente do PSDB, na mesma entrevista que disse que ia acabar com o PAC (e depois disse que era mentira), disse que eles estão à esquerda do PT. Então, não faz o menor sentido essa acusação.

A outra parte é a do fundamentalismo. Isso é o que me atraiu a esse texto. É fazer uma salada de frutas pra relacionar o Lula ao Ahmadinejad. O que, obviamente, não é verdade. Querer abrir o conhecimento ao público de como as coisas funcionam(avam) é justamente o contrário do que os fundamentalistas fazem.

Agora, sobre o Plano, as críticas que eu li que não se tratavam de uma viagem na maionese pura diziam que é parecidíssimo com o do FHC (que foi quem assinou as duas primeiras versões do plano). Então, porque a crítica só agora, 10 anos depois? Totalmente descabido.

Ontem eu assisti a um filme brasileiro, Caixa Dois, achei ele muito interessante, e teve uma frase que eu tive que anotar pra transcrever nesse texto:
"Me diz o que tá barato hoje em dia. Vereador, que era uma pechincha, tá pela hora da morte. Juiz, corregedor, desembargador, esse governo inflacionou tudo. Ai, que saudade dos militares."
Eu já ouvi muitas vezes a frase "Ai, que saudade dos militares", mas nesse contexto foi novidade pra mim.

Para mim, o argumento mais contundente seria o de que alguém que precisa esconder o que fez no passado, com certeza não fez boa coisa. A proposta inicial seria apenas abrir o calabouço, tirar as informações escondidas. Fato interessante, mês passado encontraram uns arquivos mostrando a perseguição política a professores da UFRGS na década de 60.

No momento que se tem a consciência do passado, se previne erros semelhantes no futuro. Enquanto a história da forma como ocorreu for ensinada, teremos a certeza de como chegamos onde estamos, e como poderemos ir para um lugar melhor.

Falam por aí em punir as Forças Armadas com a abertura da história. Eu acho que o fardo de acobertadores de torturadores não cabem às forças armadas brasileiras. Porque devem milhares (e a maioria nem era nascido na época) carregar o fardo de meia dúzia de FDPs no lombo? Totalmente descabido, e um desmerecimento ao exército, no momento em que deveria ser valorizado e respeitado, afinal, é a única defesa de que dispõe o país.

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