quinta-feira, 14 de março de 2013

O Retorno (2/2) - Sobre o que conhecemos

A ideia desse texto veio de uma tarde de trabalho. Daquelas tardes em que tu simplesmente tens que dar uma volta no meio das árvores pra se tranquilizar depois de tentar (e não conseguir) resolver um pepinão. Então, nessa tarde, resolvi dar uma volta na redenção. Além de me tranquilizar pelo trabalho, ainda tinha que eliminar a cafeína do meu sistema (será que fazer exercício ajuda?), mas essa informação não é tão relevante.

Caminhando no parque, é possível ver outras pessoas também caminhando, ou correndo, pedalando, jogando bola, tomando mate, dormindo, levando as crianças nos brinquedos e, nos dias mais quentes, até nadando no chafariz. E eu lá, caminhando para relaxar um pouco.

Isso me levou a pensar: o que eu posso saber sobre essas pessoas na redenção? Pouca coisa, na verdade. Não posso inferir nada, não posso pensar que eu sei as condições que levaram as pessoas  a estarem ali naquele momento e naquela hora realizando a atividade que estão realizando.

E esse é um pensamento importante pra mim, pois lembrei de uma atitude que eu acho no mínimo irritante, apesar de ser um tanto comum. Tem gente que tem certo prazer de ver pessoas em volta e ifcar imaginando historais pra elas, e comentando das vidas de todo mundo, ou de como pensam serem as vidas de todos em volta, de forma pejorativa. O que é irritante, mas só se torna prejudicial se a pessoa ouvir e ficar ofendida, a meu ver.

O problema de não se ter consicência do que não podemos saber é um tanto mais grave. É generalizar esse comportamento para inventar qualidades depreciativas sobre todos aqueles que realizam uma atitude contrária ao que se pensa serem adequadas. Um exemplo CLÁSSICO é aquele conservador conformista que diz que "todo manifestante é vagabundo". Daria pra aplicar ao meu caso, e dizer que o pessoal que tava no meio da semana e no meio da tarde na redenção devem ser todos vagabundos, ou será que eram pós-graduandos também?

E eu comento isso porque acho importante evitar seguir o caminho do preconceito. Acho que só temos a crescer quando passamos a tentar compreender as pessoas no lugar de julgá-las. E infelizmente vejo muita gente que prefere seguir o caminho simples da generalização do que não lhe agrada em vez de admitir que seus (pré)conceitos não são tão bem fundamentados assim.

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E agora, só para finalizar esse texto mal escrito em dois momentos, com um muito de cansaço e um pouco de álcool, Lightning Bolt:

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